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O papel das antologias

ANTONIO MIRANDA 

[Prefácio De O RESGATE DA PALAVRA – I Antologia do Sindicato de Escritores do DF.  Brasília: SEDF, 2009.] 

As antologias cumprem um papel na difusão da literatura. Oferecem em conjunto uma seleção de obras, seguindo objetivos e padrões próprios de organização e aproximam os autores de um público confiante. Algumas têm propósitos didáticos, outras divulgativos, algumas pretendem ser seletivas e críticas, muitas têm a grife de seus organizadores. Não raras vezes são comerciais, mas todas cumprem uma função social que é a de aproximar um conjunto de autores a um público específico.

Em minha biblioteca na Chácara Irecê, nos arredores de Brasília, coleciono dezenas e dezenas delas, quase todas de poesia, mas algumas de contos, de crônicas e até as antologias pessoais de muitos autores.
Toda antologia é um atalho, uma linha direta para os autores antologados. Algumas pretendem revelar os cem maiores sonetos de todos os tempos, outras garantem uma seleta do que há de melhor em determinada época ou país. Ou um tema como poesia feminina, fescenina ou religiosa.  Há de tudo para todos os gostos. Algumas delas, entre as clássicas de muitas línguas, foram responsáveis pela preservação de textos e autores que escaparam do eterno esquecimento, graças às compilações de estudiosos e colecionadores de manuscritos nos primórdios (e mesmo antes) da tipografia.

E há as antologias que ostentam a grife dos organizadores. Citemos os exemplos de Manuel Bandeira e José Guilherme Merquior, do sempre lembrado Walmir Ayala, mais recentemente do Ítalo Moriconi, para citar apenas as mais recentes. E tem até o caso fantástico de uma Antologia de Antologias: 101 poetas brasileiros "revisitados", organizada por Magaly Trindade Gonçalves, Zelia Thomaz de Aquino, Zina Bellodi (Ed. Musa), com  544 páginas e um prefácio extraordinário do Alfredo Bosi. Revelam os poetas e os poemas mais frequentes em antologias brasileiras de todas as épocas!

Mas as antologias sempre causam alegrias e descontentamentos. Incluídos e excluídos. E até protestos dos que se sentiram “preteridos”, apesar dos méritos notórios... Mas é assim mesmo. A recente antologia organizada por Salomão Sousa — Deste Planalto Central -, em 2008, para celebrar a I Bienal Internacional de Poesia de Brasília, cometeu tais “injustiças” ao limitar a 50 o número de poetas na compilação. Não cabe dizer que os 20 primeiros são os melhores e que os últimos nem tanto... Ou que os próximos 20 ou 30 que não entraram não têm a mesma qualidade dos que foram selecionados, graças a determinados critérios.

Em artigo publicado na revista eletrônica Cronópios http://www.cronopios.com.br/site/critica.asp?id=2726 ) fiz uma resenha em defesa do antologista Manuel da Costa Pinto, autor da notável Antologia Comentada da Poesia Brasileira no Século 21 (Publifolha, 2006). Estava ele sendo criticado por dar preferência a autores do eixo Rio-São Paulo... De fato, há uma predominância de autores daquela região brasileira na coletânea, mas também estão alguns  de outras regiões que migraram, enquanto aparecem também autores de vários outros estados.

Onde está o erro? Na crítica e não no criticado que, como compete, escolheu os autores que conhece e reconhece como de primeira linha. Por certo, no caso específico da antologia de Manuel da Costa Pinto, estão mesmo os mais notáveis — não todos eles, obviamente — que mereceram, além da inclusão, análises e comentários de extrema competência em seguida aos textos, de grande valia para o seu entendimento.

De um antologista se espera que exerça exatamente o seu arbítrio. Quem comprou uma determinada antologia – por exemplo, a NA VIRADA DO SÉCULO: poesia de invenção no Brasil, organização de Claudio Daniel e Frederico Barbosa (São Paulo: Landy, 2002.  348 p.), aposta justamente na competência e na escolha especializada do(s) autor(es) da obra, como recomenda a tradição das antologias.  

A I Antologia do Sindicato dos Escritores do DF, com contos, crônicas e, em sua maioria, poemas, pretende mapear parte dos autores ativos no Distrito Federal. Em princípio, os membros “sindicalizados ou não”, conforme informa Meireluce Fernandes em sua apresentação no presente volume. Autores convidados, que indicaram os textos próprios.

Em sua curta existência, Brasília já conta com muitas antologias desde a sua construção. Novas antologias, que atualizem os acervos, são sempre bem-vindas, sobretudo considerando que é variada e rica a produção bibliográfica em nossa cidade, com autores vindos de todas as regiões do país e até mesmo os nativos que já estão em sua maioridade criativa, além dos estrangeiros que adotaram nossa língua como meio de expressão.

É com esse espírito que celebramos a iniciativa do Sindicato de Escritores do Distrito Federal em disponibilizar autores e textos — 32 em total — que vão servir aos propósitos de divulgar a produção literária, o hábito da leitura, a promoção de novos talentos e os já consagrados, além de garantir a sua preservação documental.

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A Antologia inclui os seguintes escritores e poetas: Antonio Temóteo dos Anjos Sobrinho, Avelino Moreira, Aureo Mello, Benedito Pereira da Costa, Celita Oliveira Sousa, Clotilde Chaparro Rocha, Cristina Piedras, Eileen Guedes de Paiva e Mello, Elias Daher, Francisco Theófilo da Silva, Gilma Limongi Batista, Gustavo Dourado, Henriques do Cerro Azul, Hubert Chrockatt de Sá, Ildefonso Samabaíba, João Ferreira, João Rios, Jorge Amâncio, Jorge Ferreira Brito, Leon Frejda Szklarowsky, Lolô Fonseca, Luis Dias Bahia, Luiz Carlos de Oliveira Cerqueira, Lurdiana Araújo, Marcia Oliveira, Meireluce Fernandes, Nazareth Tunholi Nestor Kirjner, Palmerinda Donato, Paulo Moacir Ferreira Bambil, Rômulo Marinho, Renato Vivacqua, Sérgio Waldeck de Carvalho, Stella Rodopoulos e Vânia Moreira Diniz.



 

 

 
 
 
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